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8 de agosto de 2013

No STJD, River-PI e Parnahyba fazem final do Campeonato Piauiense 2013

Acusações, farpas e sem futebol: entenda o desfecho do ‘Caso Eridon’, que acirrou briga entre Galo e Tubarão em quase três meses de batalha judicial.

Por – Renan Morais, Teresina (PI).
Toda a discórdia gerada, desde que o ‘Caso Eridon’ se tornou público, chega ao fim de uma vez por todas. O julgamento marcado para esta quinta-feira (08/08), pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), vai pôr River-PI e Parnahyba mais uma vez frente a frente, só que desta vez fora dos gramados. O julgamento do recurso movido pelo Galo, questionando a permissão de jogo concedida ao zagueiro Eridon, na final do Campeonato Piauiense, será julgada na sede da suprema corte de justiça desportiva, no Rio de Janeiro.

Passados exatos oitenta dias da decisão do Estadual, o bicampeonato do Tubarão foi posto em xeque depois dos tricolores alegarem ter sido irregular a concessão de um efeito suspensivo a Eridon, dias depois de levar um gancho de cindo jogos por conta de uma agressão proferida em campo. A discordância de interpretações da lei em âmbito estadual motivou o clube tricolor a acionar o STJD.

Incluso na lista de processos da sessão, o recurso movido pelo River-PI é o décimo na ordem de julgamentos, que começam a ser avaliados pelo pleno a partir das 11h.

Depois de iniciados os trabalhos de julgamento dos processos contidos na pauta, o presidente da sessão indaga ambas as partes se há provas a serem produzidas que sejam necessárias para o desfecho do processo.

Acompanhado do auditor-relator, Dr. Paulo César Salomão Sobrinho, o presidente concede a palavra ao procurador titular, que faz uma breve explanação sobre o caso, confirmando a denúncia protocolada pelo River-PI, clube recorrente.

Pivô do caso, zagueiro Eridon deixou o Tubarão 
durante disputa da Série D (Foto: Renan Morais)
Em seguida, o presidente da sessão abre espaço aos advogados representantes de cada clube para defesa de argumentos sobre o processo. O tempo estimado para cada discurso será de 10 minutos e a permissão para ultrapassar este limite será permitida apenas em casos excepcionais.

Terminadas as inserções dos advogados, o presidente da sessão indaga os auditores se eles estão aptos ao voto. Caso contrário, os auditores podem questionar pontos do processo para aprofundar o entendimento pessoal sobre a causa. Ao todo, nove juristas declaram abertamente a interpretação da lei e a contagem dos votos deve ser feita sob responsabilidade do presidente da sessão.

Depois de computados os votos, é feito o anúncio oficial da decisão. Todo este processo deve durar, em média, 50 minutos. 

Além de garantir vaga na Série D do Campeonato Brasileiro, o título do Campeonato Piauiense dá direito ao clube de representar o Estado na Copa do Brasil do ano que vem. O Parnahyba sentiu no bolso o impasse gerado nos tribunais e, mesmo assim, se arriscou no Brasileirão com pouco dinheiro em caixa. O clube ainda não viu a cor do dinheiro da premiação pela conquista do título do Campeonato Piauiense, algo em torno de R$ 110 mil.

A pendência judicial entre os times fez surgir uma onda de insatisfação, que varreu as arquibancadas. Ansiosa pela realização da Copa Piauí, a Federação de Futebol do Estado (FFP) optou por aguardar a decisão nos tribunais para, só então, efetuar o pagamento referente à conquista do título estadual. Sem acerto, a realização da Copa Piauí ficou comprometida pela indefinição dos clubes que possuem direito a disputa.

Eugênio Marques, advogado do Galo: "Vamos fazer com que os auditores tenham a mesma interpretação que nós de todo o caso. Não podemos deixar esta injustiça ser feita com o River-PI, pois estamos apelando ao STJD por um direito nosso."

Miguel Bezerra, advogado do Tubarão: "Estamos convictos de que não haverá uma reviravolta, principalmente por que vamos com aval de um julgamento a nosso favor realizado em nível regional. Não teremos grandes surpresas."

O zagueiro Eridon virou pivô de uma guerra nos tribunais entre River-PI e Parnahyba nos últimos meses. Suspenso por cinco partidas, como forma de punição por um revide a uma falta sofrida ainda na fase de classificatória, o jogador cumpriu dois jogos de suspensão e apelou ao Tribunal de Justiça Desportiva (TDJ-PI) para ganhar o direito de atuar na decisão do Estadual.

A emissão do efeito suspensivo que permitia a escalação na final provocou a ira dos riverinos, sobretudo depois do empate em casa, que rendeu ao Tubarão o bicampeonato piauiense. O Galo entrou com um pedido de reconsideração para que o TJD-PI voltasse a trás. Sem sucesso, o clube acionou o STJD para resolver o impasse

Título do Parnahyba, ou taça de campeão do River-PI? Enfim, a dúvida vai acabar e o torcedor piauiense saberá quem é o dono do Campeonato Piauiense 2013. 

Via – GLOBOESPORTE.COM

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