(Ex-goleiro relembra de episódio triste na Libertadores de 2003, quando era auxiliar do Paysandu, e afirma que racismo tem que acabar: 'Não pode manchar o futebol').
Treinador Toinho (Foto: Náyra Macêdo/GLOBOESPORTE.COM) |
As manifestações de racismo
sofridas pelo volante Tinga, no duelo contra o Real Garcilaso-PER, fizeram o
ex-goleiro Toinho relembrar de um passado que ele desejaria ter esquecido totalmente.
Chamado de “negrinho” e “macaco” por torcedores argentinos em 2003 dentro da La Bombonera, na época em que era
auxiliar técnico do Paysandu na Taça Libertadores, Toinho revelou apoio a Tinga
e pediu o fim do preconceito para que a onda de hostilizações não
manche o futebol.
- Foi algo desgastante e triste.
As pessoas não podem ser julgadas pela cor da pele. Claro que no momento você
fica com um sentimento de frustração, mas depois temos que esquecer e não ligar
para as hostilizações. Não se pode existir esse tipo de manifestação. Trabalhei
com o Tinga em 2003 no Grêmio e sei que ele é um homem de cabeça muito forte,
um cidadão firme nas suas decisões, e tem condições de passar por cima desse
momento ruim – relatou Toinho.
Na época em que trabalhava no
Paysandu, Toinho foi vítima do preconceito um dia antes da partida entre o time
paraense e o Boca Juniors, em 2003. No momento em que subiu dos vestiários para
o campo, Toinho ouviu alguns torcedores rivais o chamar de “negrinho” e “macaco”.
Onze anos depois do momento, o ex-goleiro espera que o preconceito no futebol
tome proporções preocupantes.
- A cultura é do ser humano.
Quando acontece o racismo, é uma coisa que você sente, mas tem que ter a cabeça
legal. Não podemos deixar que ele tome proporções, temos que bloqueá-lo. As
pessoas que cometem racismo no futebol devem ser punidas. O clube, geralmente,
não tem cupla direita dessas manifestações, mas tem que existir um culpado e
uma punição – analisou Toinho.
Volante Tinga concede entrevista: Trocaria glórias por 'título contra preconceito' (Foto: Reprodução / TV Globo Minas) |
Fonte: Globoesporte.com/pi
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